Lapinha da Serra






O texto a seguir foi o primeiro escrito por mim, publicado pelo meu amigo Elso, grande incentivador para que eu relatasse alguns dos pedais que tenho feito na companhia de grandes amigos. Há exatamente um ano atrás eu, Renata minha amada esposa, alguns amigos, visitamos Lapinha da Serra, um lugar fantástico na Serra do Cipó, próximo a Belo Horizonte. Aproveito a oportunidade neste “Post” para dizer da minha gratidão a Deus por me conceder saúde em mais um ano de minha vida e convidar os amigos a viajarmos novamente até a Lapinha para vivenciarmos momentos inesquecíveis pedalando nossas bikes por aquelas bandas. Vamos ao texto:

Acabo de completar 48 anos e, como presente de Deus, além de boa saúde,  tenho uma linda família e bons amigos. Faço, atualmente,  uma das coisas que mais tem me dado prazer: pedalar em meio à natureza podendo usufruir das maravilhas criadas por Deus. 
Chamo-me Carlos Freitas, crente em Deus, na sua Santa Palavra, na Bíblia Sagrada e na suficiência de Cristo como meu Senhor e Salvador. Representante comercial, resido em Goiânia.
Nasci no interior de Minas Gerais, pertinho de Goiânia, a bela Araguari e, como ñ poderia deixar de ser, cresci em meio a muito ar puro, sempre estimulado à prática de esportes. Como todo garoto, joguei futebol, basquete, vôlei, fiz natação e aprendi desde cedo a andar de bicicleta, que se tornou atualmente a minha parceira em incursões pelas mais variadas paisagens de nosso estado e outras paragens.
Há mais ou menos 3 anos, um tanto sedentário ainda, alguns amigos da igreja em que congrego, através do meu querido irmão Roberto, carinhosamente conhecido por Papai Beto e com o precioso estímulo da minha amada esposa comecei a praticar o mountain bike. Comecei como todo iniciante, com uma bike básica e bem baratinha, mas sem menosprezar os equipamentos de segurança como: capacete, luvas, óculos, sapatilhas e roupas adequadas ao esporte. Desde então venho sempre aprimorando meu condicionamento físico e técnica o que me permite buscar novos desafios e conhecer paisagens até então desconhecidas por mim.
Participação em pedais longos são freqüentes desde então, tais como a tradicional pedalada das orquídeas, de Goiânia a Piracanjuba, organizada inicialmente pelo amigo Gugu meio que de brincadeira e que a cada ano vem se firmando em nosso calendário, sempre no mês de maio de cada ano, quando ocorre a exposição dos criadores de orquídeas daquela cidade. Pedal como a viagem que fizemos com o grupo de amigos do “Seriema Pedal”, capitaneados por Romar e Nilsinho, de Goiânia a Cidade de Goiás, transpondo a grandiosa Serra Dourada, totalizando aproximadamente 160km, onde fomos agraciados com uma das mais belas vistas a 1.150 metros de altitude. Imagens sem igual ficarão guardadas na minha memória!
Minha última incursão foi em Minas Gerais, na Lapinha da Serra, município de Santana do Riacho, proximidades da Serra do rio Cipó. Lugar de paisagem sem igual, que nos proporcionou um pedal inesquecível, bem ao estilo que eu e amigos como Chicão, Romar e outros tantos gostamos muito. Single track com algumas partes técnicas e outras de estradinha com visual deslumbrante.

 Lapinha da Serra é um daqueles lugares incrustados ao pé de uma serra com lindas cachoeiras e dois lagos enormes, ideais para a prática de canoagem. Nesta época do ano, com as chuvas intensas, a água escorre em abundância pelos paredões da serra, formando belas quedas d’água por todos os lados. Ficamos por lá apenas 5 dias, suficientes para um pedal inesquecível em meio a trekking’, remadas, boa conversa ao pé do fogão a lenha, regadas a um bom vinho e agradável companhia de amigos. Quer coisa melhor?
Mas vamos ao pedal. Saímos já tarde, por volta de 10 horas da manhã, eu, Léo e Sérgio, este último um bravo companheiro que nunca havia pedalado na terra, muito menos 30km em terreno completamente inóspito ( alguns trechos de estradinha de cascalho e a maior parte de muita pedra solta, cortante, onde só carro de tração 4x4, motos e bike conseguem transitar) . Com todo respeito ao “herói” do dia, a bike andou mais nele do q ele nela. Pois bem, saímos e fomos alugar a bike para o Sérgio, já que o Léo ia usar a bike da Renata. Logo na saída um furo de pneu na bike usada pelo Léo e, após reparos devidamente feitos, partimos para conhecer a tão falada cachoeira do Bicame. Foram 16 km na ida, subindo e sendo brindados com uma paisagem sem igual, margeando a serra em meio a muita água e um verde que brotava das pedras e areias do cerrado daquela região. Algumas pedaladas depois e pausas para fotos, que o Léo fazia, chegamos à porteira da propriedade onde fica a Bicame, reserva ambiental protegida por lei e, com a graça do nosso bom Deus, frequentada por pessoas que ainda respeitam e ajudam a preservar o meio ambiente. Vale ressaltar a educação e consciência das pessoas que por ali passam. Não  vimos sequer um só pedaço de papel, garrafa ou qualquer tipo de objeto deixado na trilha que ñ fossem pegadas e rastros de bikes, motos ou carros. Logo na entrada uma paradinha básica para reabastecer nossas garrafas de água na casa da família responsável pela fiscalização e orientação aos turistas, assinatura no livro de controle e mais uns 30 minutos de pedal, agora um pouco mais técnico onde só eu continuei de bike. O Léo prosseguia fotografando a paisagem, pois sua bike ficou estacionada por ali. Após uns 20 minutos pela trilha me deparei com a bike do Sérgio, também estacionada nas pedras, já que ele tinha ido na nossa frente. Pensei: mandou bem,  cansou de empurrar, andando ele iria mais rápido e melhor. Mais uns 10 minutos de pedal e lá estava a cachoeira, linda e despejando muita água! Desci com cuidado, ñ poderia correr o risco de ter outra vez o ombro com seus ligamentos rompidos, história que conto em outra oportunidade.
Ficamos por ali, eu e Sérgio,  divagando e contemplando a paisagem até a chegada do Léo. Não poderia ser diferente, voltamos extasiados, maravilhados com tamanha beleza e a grandeza de Deus e tudo que Ele criou, agora um pouco mais rapidamente, pois ia começar a chover forte e estávamos descendo.
Após chegarmos à nossa pousada,  um banho quente e mais uma rodada de bom vinho e papo solto às voltas do fogão a lenha. Prazer sem igual! Espero poder compartilhar outras histórias como esta com os leitores e deixo o convite: venha pedalar, sentir o cheiro de mato, relaxar curtindo paisagens sem igual.
Um brinde ao mountain bike, feliz 2012 a todos!!!











2 Comentários para "Lapinha da Serra"

Xingu disse...

So posso dizer uma coisa... Muito show.

Anônimo disse...

Parabéns Brou!!!!
Texto e fotos incríveis!!!!
Massa velhinho!

Nilsinho