Travessia SERIEMA PEDAL: Goiânia - Jaraguá - Goianésia

220 Km Off Road & Autônomo!!
Mais uma cicloviagem do Bando, desta vez eu deixo as honras da narração para o amigo CARLOS FREITAS, o CARLÃO :

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Eram 2:45hs da “madruga” de sábado, 25 de Fevereiro de 2012. Meu despertador toca, hora de levantar e partir rumo a um fim de semana que prometia momentos de raro prazer. Marcamos, eu e Fernando, de nos encontrarmos na Praça do Chafariz, no alto da Avenida 85 e de lá seguirmos pedalando até o ponto de encontro, o posto de combustíveis na Praça Valter Santos, no setor Coimbra.

Antes, porém, permita-me me apresentar àqueles que ainda não me conhecem. Sou Carlão, 48 anos, amante do mountain bike há mais ou menos quatro anos. Sinto-me duplamente honrado em ter sido convidado a fazer parte do grupo e incumbido pelo Nilsinho e Romar para relatar esta cicloviagem.

Chegamos ao posto pontualmente as 3:40hs e ainda não havia ninguém do “bando”  por lá. Tudo bem, sabíamos que era apenas questão de mais alguns minutos, afinal ninguém teria dormido direito tamanha era a ansiedade que a situação nos causa. Quem é do ramo sabe do que estou falando.
Eu, Fernando, Alexandre Volponi, Nilsinho, Rubão Dhalsin, André Perfect man, Élvio/Jão, Romar, Derúbio, Paulo Henrique Tapete, Chicão, Cidinho, Helinho, Ailton, Thiago Cidão. Grupo reunido, largou...Ôpa, telefone do Romar começa a tocar. Está faltando alguém???? Ah o “Tio” também vai. Aurian estava acordando naquele momento pra se juntar a nós. Partimos em direção ao Setor Fama e de lá esperarmos por mais umas 20 ligações do Romar tendo trabalho com o “Tio”.  Pronto, chegou, inicialmente tive a impressão que ele roubou a bike do netinho e deixou o menino chorando em casa, mas tudo bem, agora é pé embaixo para tirar o atraso. O “Tio” vez ou outra gritava: -Devagar aí, fazem dois anos que eu não pedalo...hahaha
Rumamos em direção a Nova Veneza onde seria o nosso café da manhã. Até aqui tudo tranquilo e o sol só daria o ar de sua graça depois do distrito de Santo Antonio, na parte alta, onde o contraste da sua luz sobre a vegetação nos proporcionava lindas imagens. Dia claro descemos a última pirambeira antes da cidade. Derúbio “desentortando” todas as curvas na descida muito íngreme e Paulo Tapete por pouco não foi atropelado por uma vaca que passeava pela estradinha.  Cidinho estava em êxtase: -Você viu, nossa, descemos muito rápido não é? Sossega menino, ainda temos muito pela frente. Parecia o “Menino Maluquinho” de Ziraldo, só que andando de bike. O mais novo do bando tem apenas 16 anos, era só alegria na sua primeira viagem.


Café da manhã tomado, squeezes e cantis reabastecidos é hora de andar um pouco mais até Damolândia onde a chuva nos aguardava, a estradinha seguia entre morros onde a pastagem para o gado era de um verde brilhante e muito bonito.
Dali pra frente até chegarmos em Petrolina de Goiás, local onde seria nosso almoço, a chuva nos brindou com um lamaçal sem fim. Foram aproximadamente 4km de um barro grudento, onde nossas bikes desciam escorregando a 10km/h.
Imagine uma massa de bolo, vermelha, grossa, escorregadia que onde pegava ia grudando e pesando nas bikes, comprometendo o desempenho e funcionamento dos nossos equipamentos. Passou por nós um senhor de moto, algum morador local, e, disse: -Ocêis tão indo pra onde? Vixe, seis num passa aí não, tem muito barro. Pensei: Se ele passou de moto subindo, pq não desceríamos de bike? Logo pude perceber a dificuldade e também a diversão  garantida. Paradinha no final da longa descida onde tinha uma água correndo por ali e banho nelas. Helinho com a corrente quebrada aproveitou e quase fez uma revisão sob a supervisão do Romar. Pela frente uma subida bem inclinada e muito escorregadia onde, no alto, uma casa de fazenda com uma mangueira d’água para mais uma tentativa de limpar alguma coisa. Nesta altura já era impossível isso acontecer, havia barro grudado até na alma. Passou por ali o Guto, amigo meu e do Chicão de outros pedais, ele tem fazenda na região e gentilmente nos convidou a voltar. Claro, desde que ñ haja mais esse barro todo. Bora galera, hora do rango pra repor as energias e seguir em frente. Ainda teríamos mais 50 km pela frente até Jaraguá. Antes, porém, uma passadinha rápida por Jesúpolis onde fomos recepcionados por um dos vereadores do lugar. Pausa para um descanso rápido e convite para visitarmos a cidade em outra oportunidade.
Seguimos viagem, sem chuva, tempo nublado e quente, sem sobressaltos até nosso destino final do primeiro dia. Até aqui o GPS nosso querido André Perfect man não tinha desviado em nem ao menos 1 metro da rota traçada. Chicão e Fernando com seus GPS de última geração não faziam frente as anotações de André. Nilsinho seguia registrando tudo em fotos e filmes na GoPro HD Hero. E o “Tio”? Seguia firme no alto de sua experiência e bom humor.
Final do dia, depois de uma estilingada onde revezamos eu, Derúbio, Nilsinho, Helinho, Chicão e Cidinho chegamos a Jaraguá. Esperamos juntar a galera e entramos na cidade parecendo saídos da guerra, enlameados, mas com a ótima sensação de dever cumprido. Alí fomos recepcionados pela família do Sr. Osvaldino e Júnior Maradona, amigos e empresários na cidade onde dirigem a JK Bicicletas. Sr. Osvaldino nos ofereceu um delicioso jantar em sua residência para fechar o dia em grande estilo.
No dia seguinte se juntariam a nós o Sr. Osvaldino, Júnior Maradora, Marcinho Iceman, José Luis Iceboy, João Paulo e Layo (meio na ressaca...rs) para mais 70km da mais pura diversão.




A noite passou rapidinho, ainda bem que acabara o horário de verão e assim tivemos uma hora a mais de sono. Café da manhã marcado na padaria próxima ao hotel as 6:00hs em ponto. Saímos com o nascer do sol, a cidade ainda acordava quando rumamos pras bandas de Mirilândia a mais ou menos 10km de Jaraguá. A trilha agora era de areia e cascalho, começava um sobe e desce sem fim. Passamos pela fazenda do Marcinho, à beira de um rio caudaloso e logo depois de mais algumas subidas chegamos ao povoado de “Malhador”.  Confesso que ainda estou curioso por saber o motivo deste nome. Pausa para rehidratação e foto oficial para o Jornal Opinião de Goianésia.
A balada agora era outra, sobe e desce no cascalho e estrada lisinha, sem valas. O sol e calor apertavam um pouco e já tínhamos vontade de chegar logo. Brincadeiras iam rolando ao longo do caminho, Paulo Tapete em uma parada estratégica, teve sua bike rebocada e dependurada em uma galhada. Rubão com sua mochila do exército, toda camuflada de ramos de capim pelo Romar. Com o calor e subidas intermináveis a galera acabou por dispersar um pouco. Enquanto uma parte do grupo subiu um pouco mais, outra, na qual me incluo, parou em um camping à beira de um riacho refrescante por nome de “Sagrada Família”.
Ufa, água pra refrescar e retomar o ânimo para mais subidas. Ninguém acreditava no GPS do Fernando e muito menos nele. A toda hora ele dizia: -Galera, só mais essa subida e terminamos, meu GPS está dizendo aqui que é só plano.
Nas descidas era pura diversão, mas naquele calor as subidas matavam a todos até percebermos que o tempo estava mudando e vinha chuva por aí.
Chegamos à divisa da propriedade depois de 220km de pedal divididos em dois dias. A simpática família do Fernando nos proporcionaria uma recepção impar, oferecendo um suculento churrasco regado a cerveja gelada, suco e refrigerante. Agora a galera retomava o ânimo e nos dois ou três quilômetros finais era só alegria, feito garotos no parque de diversão. Romar não desistia, insistia em “dar o banho” em algum desavisado, assim como fez comigo e Thiago fez com Chicão.
Festa, alegria, confraternização e sensação de dever cumprido, superação é a palavra. A volta já estava preparada, seria na Van do Sr. Francisco.
Sou grato a Deus por me proporcionar momentos como esse. Agradeço a Ele pela vida de cada um dos amigos que participaram, nossas famílias e aqueles que ficaram torcendo para que tudo corresse na mais perfeita ordem. Até a próxima!

Valeu Seriema! 
Mountain bike na cabeça!
Roots...  "


6 Comentários para "Travessia SERIEMA PEDAL: Goiânia - Jaraguá - Goianésia"

Anônimo disse...

Galera do bando de viciados em MTB!!!! faremos mais centenas de passeios como este ao longo dos anos de amizade.!!! valeu a todos!

fernando lopes

Anônimo disse...

Espero ter saúde e disposição para estar sempre junto...Valeu!!
Carlão

Nilsinho disse...

Povo,
acho que a cerveja de Goianésia tem alguma coisa diferente das outras viu... Fiquei de ressaca até o meio dia de segunda-feira... afff

Carlos Freitas disse...

kkkkkkkk, tem gente de ressaca até hj Nilsinho.

André disse...

EU ACHO QUE ALGUÉM COLOCOU O COMPRIMIDIM DO CAPETA NA CERVEJA DO NILSIN.
André

HENRIQUE disse...

qUE PEDAL MASSA! ABRAÇOS!!! hENRIQUE TORRES